Por onde ando eu busco exemplos de crianças que crescem de forma saudável. E aqui eu não falo só de alimentação, exercícios físicos e por aí vai. Eu estou falando de crianças que se alimentam da vida e do que ela pode oferecer. O principal ponto chave que diferencia uma criança que cresce saudável de uma criança que cresce sem uma saúde mental adequada é a quantidade de exposição às telas e aos brinquedos que oferecem tudo de maneira pronta para a criança.
Vou explicar melhor. Existem brinquedos como os Legos de hoje em dia que vem com um manual para encaixar as peças e montá-las de uma única maneira possível e, com isso, o brinquedo que é construído vira uma obra de arte a ser exibida na estante do quarto da criança. As telas funcionam mais ou menos da mesma maneira. Elas vem com botões que executam apenas um ou outra função e os movimentos que podem ser feitos s~]ao finitos e representados inteiramente focando-se o olhar em um único retângulo de opções.
Quando a criança aprende e é estimulada a explorar o mundo tal qual aqueles exploradores de filmes de ação, buscando, investigando e alimentando sua alma a respeito do desconhecido, esta criança nutre sua vida com a centelha divina da incerteza, que é a matéria-prima da brincadeira saudável. Quando a criança TEM de escolher com base em sua criatividade o próximo passo a ser tomado sem que nada direcione o movimento que ela tem de tomar, esta criança passa a entender que o mundo é uma cartela e um leque de possibilidades que ela pode preencher, mesmo que com o limite da segurança do que é certo ou errado imposto por um adulto.
É por isso que crianças que destinam um tempo ao ócio, que brincam sozinhas, que aprendem a compartilhar brinquedos e brincadeiras em grupo, que deitam no escorregador e olham para o céu procurando formas nas nuvens são crianças mais saudáveis.
Quer começar a praticar isso com as crianças? Peça para elas desenharem o que estão vendo no céu e você vai se impressionar com o resultado!
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