As crianças correm, pulam, escalam e também adoram mesmo uma bagunça. Elas colocam na brincadeira tudo o que está dentro delas e que não é pouca coisa. Os pequenos são seres expansíveis e sempre vão arrumar um jeito de transferirem para o ambiente onde estão o tamanho de seus sonhos e de seus anseios.
Quando o ambiente é grande e aberto, a criança experimenta uma característica psicológica ímpar em seus movimentos sensíveis: ampliar os horizontes de tudo o que está dentro de si, aproveitando para pôr para fora o máximo de inquietações típicas desta fase de descobrimento, onde se destacam - como dito anteriormente - os seus sonhos e os seus anseios.
Em ambientes abertos o tamanho do espaço é que vai limitar a profundidade da expansão dos sentimentos das crianças e elas aproveitam ainda para adquirir conhecimentos, descobrindo o ruído de diferentes fontes sonoras e até investigando certas características sobre o próprio corpo, como a velocidade máxima que consegue correr, o mais alto que podem subir, dentre outros limites que agradam à exploração desta fase da vida.
Quando o espaço é criativo e privilegia a recepção de crianças, elas acabam por se espalhar por ele e suas brincadeiras se multiplicam em possibilidades, aumentando o bem-estar e a socialização com outras crianças e diminuindo a incidência de brigas, afinal, em espaços amplos não sobra muito tempo para disputas desnecessárias: são muitas as opções de autorreconhecimento da criança com o ambiente.
Executar brincadeiras dirigidas neste tipo de ambiente acaba sendo um grande desafio, pois é difícil manter o foco da atenção em uma área tão limitada frente a todo universo de aventuras que está sempre instigando as crianças, mas com criatividade e pitadas de novidades é possível tornar o ambiente bastante receptivo a estes formatos de brincadeiras.
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